segunda-feira, 21 de junho de 2010

tão queridas janelas

como é bom olhar tuas janelas, minhas tuas. elas me fazem querer voar entre os monumentos que na paisagem desenhada eu vejo. elas não se fecham, e sempre quando quero, movo a cortina esvoaçante, sinto aos poucos o vento que balança aqueles delicados panos, abro com os dois braços, num só movimento, as duas portinhas de vidro e madeira que deixam uma brisa violenta levantar meus cabelos e fechar meus olhos, pra no mesmo instante, encher meu semblante de uma luz solar forte, que ao invés de contrair, dilata minhas pupilas, porque é tão bom que só meus olhos, as minhas janelas, conseguem extrair o que está dentro de mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário